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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

MÃE DE CORPO... PAI DOS MALES

Nem todo mal que chega até você irá de fato prejudicá-lo e para evitar fanatismo ou conclusões precipitadas o título (se vc quiser) pode ser mudado para pai do corpo... mãe dos males.
É muito difícil entender ou falar daquilo que não nos pertence, não faz parte da nossa vida ou mesmo não conhecemos.
Nenhuma criatura tem a capacidade de saber tudo sobre tudo, então deve-se sempre se contentar em saber um pouco de tudo e se habituar com as muitas mudanças que sempre ocorrem.
Mudanças assustam, e o medo do desconhecido leva a reação imediata de recusa pelo novo e por vezes a se pensar, que o que está por vir na verdade será ruim... será um mal.
O que será que pensa a lagarta que constrói um casulo para um sono profundo, sem saber o que está reservado a ela quando acordar? Ela não pensa... simplesmente confia!!!
Eis o milagre da vida... a lagarta feia e assustadora, acorda uma linda borboleta de asas coloridas!
Todos temos uma mãe do corpo, que se explica como (rs rs rs) algo inexplicável, que rege aquilo que não temos poder sobre........... ou seja, você pode escolher andar, sentar, ir, vir... mas em nenhum momento tem controle sobre reações como fome, sono, espirro, piscar os olhos... ter uma febre.
Sim, ter febre, pq a febre é uma reação a algo que está errado e ninguém está vendo... é uma luta interna que foi iniciada.
A mãe do corpo é a encarregada de cuidar que esse "invólucro" que nos foi emprestado enquanto estamos aqui, esteja em ordem durante nossa trajetória.
Como toda boa mãe, coloca td no seu devido lugar e sempre no seu devido tempo... temos que dormir, temos que piscar, temos que ter febre e nos livrar das mazelas do corpo e nem adianta ficar com "raivinha" pq miou a balada ou o programinha top que já estava no esquema para o final de semana... mãe é mãe e tem que ser respeitada.
Sobre o Pai dos Males, a explicação também é ampla, mas vou tentar sintetizar: quando seu pai esconde a chave do carro e diz que não admite que filho(a) dele se meta em ambiente x ou com pessoa y, você acha que ele está te fazendo um mal... ledo engano... o Pai dos Males é aquele que vigia e cuida para que os males não o alcancem e muitas vezes se colocam a sua frente como verdadeiros escudos.
O Pai dos Males é aquele... independente de ser homem ou mulher que é capaz de aniquilar o mal como se esmaga uma pequena pulga... ele está sempre atento e de mãos dadas com a Mãe do Corpo, faz muito mais do que a sua vã filosofia pode imaginar.
É uma grande pena que muitos não o conheçam ou ao menos saibam da sua existência e ainda existem alguns que sabem e fazem questão de ignorá-los... ainda assim, eles estão lá, realizando o trabalho deles com alegria e esmero, pois são os pequenos grandes desconhecidos que realizam as grandes mudanças, isso em absolutamente tudo.

Para que nossa vida melhore, o primeiro passo é: fechar os olhos, esvaziar a mente e fazer de conta que o tempo parou: preste atenção ao som do vento, pois ele trará todas as respostas, inclusive para perguntas que vc nem imaginava em fazer!!!!

BEATIFUL DAY.................. GOD BLESS YOU

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O mágico, a engolidora de espadas e o dono do circo

Na verdade eu não estou bem certo que se trate de um circo, mas tudo leva a crer que realmente se trate de um, tendo em vista as personagens que são encontradas como engolidora de espadas, mágico, equilibrista e malabarista, o domador de leões e o tão simpático palhaço.
Acontece, porém, que ninguém nunca perguntou ou mesmo teve curiosidade em saber o que acontece nos bastidores do circo.
Quando as cortinas estão fechadas, o palhaço sem maquiagem, o mágico sem truques e a engolidora de espadas usa as mesmas para preparar o almoço de toda a trupe, o que seria encantador por debaixo da lona, deixa de ser interessante a passa a ser asqueroso.
Vamos começar pelo mágico, que sem a sua maleta cheia de truques tem que enfrentar a realidade nua e crua que lhe mostra diariamente sem dó nem piedade toda a sua insignificância, porque veja bem, mesmo o melhor dos truques, se alguém da platéia estiver bem atento vai perceber qual é a jogada; uma vez descoberto por um, para que chegue aos outros é somente uma questão de tempo.
Ainda que existam muitos telespectadores ingênuos e inocentes, ninguém gosta de ser enganado ou passado para trás e aos poucos tudo que era magia, começa a ser visto como charlatanismo.
O equilibrista e o malabarista... mesmo se levarmos em conta que a vida é uma eterna corda bamba, há de se levar em consideração, que nem todos os talentos desenvolvidos ao longo dos anos na nossa profissão consegue ter alguma utilidade na nossa vida cotidiana.
Sendo assim, e levando-se em conta que quando o equilibrista está no alto se exibindo e mostrando todas as suas habilidades, por mais que seja aplaudido nessa ocasião, quando volta ao chão é rapidamente esquecido.
Com os malabaris nas mãos, seus olhos ficam atentos ao vai e vem das peças, mas, quando a brincadeira termina, seu valor volta a zero.
O domador de Leões... ahhhhh o bravo domador de Leões: com toda a sua empáfia, de chicote em punho entra na jaula do pobre animal e mostra toda a sua soberania sobre ele que é considerado o rei das florestas.
Como um proprietário que tem poderes de vida e de morte sobre aquele que subjulga, faz seu show e demonstra a sua platéia toda a sua soberania; agora cá entre nós... joga esse infeliz sem o chicote lá dentro para ver só o que acontece... não sobra nem os bigodes, caso tenha um.
Chegamos a nossa amiga engolidora de espadas... poxa, para essa temos que realmente tirar o chapéu, porque vai ser corajosa assim lá longe viu... muito mais que o domador de leões que mais se acha do que realmente realiza.
Como não mencionar o nosso amigo palhaço; o palhaço é aquele cara desajeitado por natureza que usa roupas fora de base e conceito das pessoas normais, além de ter em seu rosto, com toda certeza uma imagem que de fato não é a sua cara... poderíamos dizer que ele anda mascarado.
Ele fala muitas bobagens, está sempre dizendo besteiras e gosta de arrancar sorrisos... mas no fundo, no fundo, seu maior desejo é que fosse levado a sério tudo aquilo que fala em tom de brincadeira, mas que demonstra seus desejos mais sinceros ainda que ocultos.
Bom finalmente chegamos ao dono do circo e enfim a grande revelação de toda essa pataquada aqui... vamos lá: na verdade todas as personagens expostas aqui, com exceção da engolidora de espadas e do pobre leão, são a mesma pessoa.
Quem faz, quem protagoniza todos esses papéis nesse picadeiro que menciono é o tal “dono do circo”, que por se achar o “mais melhor de bom de todos”, julga não precisar de ninguém e ser realmente soberano.
Véi... só digo uma coisa: pode colocar a melhor lona que você quiser no seu circo, a hora do público olhar por debaixo dela está mais próxima do que você imagina... sendo assim, não demora muito para a classificação de ‘Circo dos Horrores’ desse seu empreendimento que você tanto se gaba se espalhar para todo os seu público que durante um tempo você enganou.

Pare, pense e reflita... tire você mesmo as suas conclusões!
Até breve


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

COMPRA-SE MARIDO

Compra-se um marido

Tem que ser fiel, e entenda por fiel atender a todos os meus desejos, mesmo os mais absurdos.
Quero noites de intenso prazer, e dias de dedicação canina, além é claro, de muitos elogios a todo momento.
Como forma de pagamento a todos os serviços que este funcionário me prestará, estou disposta a lhe proporcionar viagens das mais diversas, boas roupas, bons sapatos.
Com toda certeza teremos ocasiões de muita diversão com almoços e jantares de boa comida e bebida e visitas a lugares requintados que sua insignificância financeira, jamais poderia pensar em pagar.
Embora nem para mim, nem para você funcione dessa forma, somos vistos pelos outros eu como a dondoca e você como meu objeto preferido.
Mas até onde pode ir tudo isso? O amor se vende? O sentimento se compra?
Qual é esta ilusão? Quem é o iludido? Para que agir dessa forma?
O resultado de tudo isso é sempre o mesmo: duas pessoas frustradas e infelizes, porque o dinheiro jamais poderá levar qualquer pessoa aos campos que somente os corações puros são capazes de alcançar.

Os corações puros são aqueles que em tempo algum deixaram se corromper pela materialidade do dinheiro e que prezam tudo aquilo que temos sem a necessidade do vil metal.

Até breve!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Maritacas que tanto amo

As maritacas são animais realmente muito interessantes; são primas de primeiro grau dos tão queridos papagaios e tem em suas penas e formas a grande similaridade rapidamente identificada com o papagaio.
Os papagaios são pássaros muito bem quistos pelas pessoas, pois quando domesticados desde pequenos são capazes de repetir com clareza um grande número de palavras que lhe são ensinadas.
Ainda que tenham um vocabulário restrito, os papagaios são sempre muito apreciados, sendo assim, hoje vamos brincar um pouco com o mundo dos papagaios e das maritacas. É importante lembrar que qualquer semelhança com a vida real, na maioria das vezes não é mera coincidência.
Aqui em nossa história teremos como personagem principal o papagaio Simão; Simão é um papagaio de personalidade forte, muito respeitado entre os seus companheiros, onde com poucas palavras consegue dirigir mais de uma centena de aves.
Dentre essa mais de uma centena de aves estão alguns outros papagaios, e muitas, mas muitas maritacas.
Simão é conhecido entre os seus como “Simão Pocas Palavras”; isso graças ao seu jeitão assim meio calado, mas que com o seu silêncio sabe impor um respeito danado. Nosso grande papagaio Simão é detentor de um vocabulário um tanto o quanto mais numeroso e com palavras mais complexas e formais.
Os demais papagaios da turma falam com mais frequência, mas tem um repertório fraco, considerado até mesmo xulo.
Chegamos então as nossas amigas maritacas... ah as maritacas... estão sempre em bando e fazem um barulhão danado por onde passam; é praticamente impossível entender qualquer coisa de seus grasnados, grunhidos, ou sei lá o que, mas ainda assim, elas estão lá todos os dias em uma fidelidade que pode ser comparada a de um cão.
É fato que sempre que os papagaios estão se apresentando, convocam as maritacas, para que essas façam muito barulho e com isso abafem o repertório insignificante, tão insignificante quanto as suas existências... eles só estão ali graças a Simão e permanecerão somente até quando Simão assim quiser, ainda assim, devem fazer seus papéis a contento.
Por este motivo as maritacas têm sido nos últimos tempos as aves mais amadas pelas redondezas, pois, além de não falarem, com seu barulho ensurdecedor dão um certo glamour e sensação de status aos papagaios que são atualmente nada mais que enfeites.
Ainda que tudo aqui pareça não dito, sem sentido ou mal dito, é importante uma reflexão sobre a situação de papagaios e maritacas, já que posso afirmar com toda certeza que o barulho das maritacas podem um dia ser pejorativa e mudar a situação dos papagaios, basta para isso, que as maritacas queiram a mudança e não queiram somente ser maritacas amadas por seu barulho favorável seja dos papagaios xulos ou de Simão Pocas Palavras.

Pense nisso!


Até breve

domingo, 20 de julho de 2014

A tartaruga que viu o mundo vazio



Tartarugas são animais que vivem muitos anos e que por este motivo testemunham muita coisa que acontece no mundo.
A tartaruga de que vamos falar se chama Florinda, também conhecida por Flor; ela viu os primeiros raios de sol de sua vida quando quebrou aos poucos o invólucro que a abrigou durante sua gestação para nascimento e percebeu que estava em um buraco na terra, buraco este, que tinha como função aquecer a ela, bem como a todos os seus irmãos e também protegê-los de seus predadores naturais.
Nasceu na natureza e tudo a sua volta lhe sorria; aprendeu desde muito nova que a sobrevivência na natureza pode ser uma aventura perigosa.
Ainda que tudo caminhasse dentro da normalidade, um certo dia viu em seu habitat um animal muito diferente de todos que ali habitam e que estava no local recolhendo várias espécies diferentes; não deu outra, Flor que ainda era pequena e frágil foi capturada.
Flor e seus amigos foram levados para um lugar onde muitos outros animais da mesma espécie que a tinha pego na natureza viviam e todos olhavam para ela e seus amigos com muita curiosidade.
Foi levada para casa de um desses, onde na verdade moravam mais alguns daquela espécie estranha. Ainda que o lugar não fosse tão bom e agradável como o local onde Flor nasceu, ela ficou por ali.
Comia, bebia, andava devagar sempre observando tudo que acontecia a sua volta e percebia que de fato nenhum dos moradores daquela casa tinham a mesma segurança que ela; tudo era muito frágil.
A casa construída de tijolos e outros materiais estavam sempre sujeitas a destruição; fosse por uma chuva muito forte, fosse por algo muito pesado ou forte que chegasse até ali, fosse pela ausência de todos que ali viviam.
Com toda certeza Flor era quem gozava de maior segurança, já que o casco que possuía desde o seu nascimento, além de estar sempre com ela, era resistente o bastante a tudo aquilo que pudesse lhe abordar.
Então Flor tinha muita tranquilidade em qualquer lugar que estivesse.
Ninguém percebia como sua paz e seu sossego fazia dela forte e inteligente.
Em suas observações do dia-a-dia, podia constatar como era vazia e sem sentido a vida daqueles que lá habitavam, pois, uma linha tênue separava a felicidade da frustração, o que fazia com que suas ações se tornassem na grande maioria da vezes completamente sem sentido.
A tartaruga viveu e viveu muito; sobreviveu a mudanças de gerações e mudanças no tempo, mudanças que interferiram no tempo como senhor dos senhores e que acabou por transformar de forma definitiva a chamada vida.
O tempo, que é senhor dos senhores se irritou e transformou tudo... fez com que tudo voltasse a ser exatamente como era no começo dos tempos e a tartaruga Flor que a tudo observou e viu todos os acontecimentos se viu de volta ao início. Voltar ao início não é ruim, pode ser a única alternativa de se fazer de forma correta, o que deveria ter sido feito desde o começo!

Pense Nisso!

domingo, 13 de julho de 2014

Quem tem medo da raposa

Ahhhhhhh, a floresta, que coisa mais incrível!. É absolutamente maravilhoso observar ou fazer parte desse mundo cheio de ecossistemas que de tão perfeitos chegam a surpreender os mais inteligentes e "sábios" seres humanos, e pensando nisso, vamos embarcar nesse mundo de fantasia que muito bem pode ser a realidade desconhecida de um mundo que ainda que seja o mesmo que o nosso, parece ser tão irreal.
Hoje teremos o prazer de conhecer a Raposa Alloe Succotrina, que é muito conhecida como Babosa.
Na floresta onde ela vive chamada Água que cai, por muitos anos foi desconhecida de todos, até que um belo dia, resolveu aliar-se a uma alcateia de Leões que estava recrutando subordinados. 
Essa alcateia se tornou a mandatária da floresta, tendo então os seus subordinados um lugar melhor ao sol e porque não dizer uma maior visibilidade perante todos os outros animais daquele reino.
Foi então, que nesta ocasião, muitos dos bichos, em um verdadeiro instinto de sobrevivência, deram início a um comportamento um tanto quanto diferenciado até então.
Animais como pavões, tucanos, papagaios e outros tidos como de linhagem nobre, perceberam a existência da Raposa Babosa e aceitaram a sua aproximação.
Babosa passou então a se comportar com soberba, tratou de sua pelagem que até então era opaca e de cheiro desagradável com as melhores plantas, deixou de consumir alimentação de baixo valor e optou por uma dieta diferenciada com plantas nobres e líquidos das mais variadas e importantes fontes do local.
Fez festas homéricas, com pompa e circunstância que nenhum outro membro da alcateia nobre dos então mandantes da floresta jamais ousou fazer.
Fazia parte do cotidiano da floresta, acompanhar a vida glamurosa da Raposa que fazia questão de se exibir cada vez mais.
O tempo foi passando, passando, passando... para aqueles que estavam subordinados a Raposa passavam devagar demais, já que seus desmandos de uma forma ou de outra acabava por afetar a todos.
A opinião de toda a população da floresta era unânime sobre o comportamento da Raposa, que dia após dia sorria de forma debochada e displicente de todos.
Animais de valor ímpar e com reputação ilibada se viam humilhados pela falta de preparo e incompetência da Raposa que de forma arrasadora destruía de maneira efetiva o legado construído por vários durante muitos anos, a floresta estava se degradando nas patas da Raposa.
Ainda que a Raposa seja um animal carnívoro, ninguém a temia por este motivo e muito menos dava importância a ela como ser vivente da floresta.
Um belo dia, o Leão dono da alcateia mandatária da floresta acabou com a mamata da Raposa, dali por diante ela teria que viver e sobreviver somente com aquilo que fosse capaz de produzir para si.
Foi então, que após um período de muita fartura, gastança, soberba e outros adjetivos mais tão peculiares a Raposa, esta se viu sozinha.
Na verdade estar sozinha não seria um problema tão grave assim, se de alguma forma, tal fato não correspondesse a morte lenta e degradante deste animal.
Assim como o nome da floresta "Água que cai", Babosa ou Alloe Succrotina, como queira chamar, viu lentamente as luzes se apagarem uma a uma, e a água cair gota por gota em seu pêlo que já não era tão brilhoso assim, mas que por algum tempo ainda carregou o perfume das melhores flores da floresta.
Todos os amigos de nobre linhagem se afastaram e as festas que ainda continuava a realizar, agora não mais como diversão, mas sim como sobrevivência não tinha mais o mesmo glamour.
Será que a raposa definhou? Não sei para contar, mas uma coisa é certa: seja onde for, na floresta, nos mares, nos lagos, a lei do universo é muito justa e por mais que cada um se imagine como o "tal", a hora de seu acerto de contas chega e chega de forma decisiva, sem ter como fugir ou titubear e ainda que ninguém mais além da raposa saiba o preço que foi pago, a conta do universo deve ser acertada, pois nada pode ficar sem sua devida resposta.

Pense nisso!!!


terça-feira, 8 de outubro de 2013

ALIANÇAS DESIGUAIS

O leão recém-saído da faculdade de administração de florestas (como rei das florestas e dos animais, foi necessário essa especialização), onde aprendeu entre outras lições que por vezes, montar parcerias trazem resultados significativos, fazendo grande diferença na lucratividade (seguindo o conceito a união faz a força, dê oportunidade aos menores, ajude-os a crescer), resolveu que naquela tarde teria companhia durante a sua caçada. Usou como critério de escolha a questão da familiaridade, escolhendo então o primo de terceiro grau Gato do Mato.
- E ai primo? Como andam as suas caçadas? A mesa está farta lá na sua casa?- Perguntou o leão.
- Que nada primo, a dona patroa está esperando uns filhotes ai, acho que virá uns cinco nessa ninhada, com isso está comendo que é uma beleza, além de tudo com essas boquinhas a mais, a coisa ficará ainda mais complicada. Respondeu o Gato do Mato.
- Olha meu querido, você é um felino com o eu, de menor porte, mas felino; não pode passar por uma situação dessas, sendo assim, sairá para a caçada hoje em minha companhia.
Feliz da vida, o Gato do Mato partiu avante pela floresta, admirando a altivez e principalmente a nobreza de coração de seu primo.
O primo Leão só esqueceu um detalhe nesse seu rompante de generosidade; formular uma estratégia de caçada.
Ao chegar ao local de trabalho, o apalermado primo Gato do Mato não acostumado aquele tamanho de presas, ao invés de pegá-las, conseguiu espantá-las, deixando o primo Leão literalmente uma fera.
Chegado o final do dia, sem nem ao menos terem caçado um mísero coelho sequer, o Leão sentenciou o Gato do Mato:
- Sem nenhuma caça para levar para casa, sinto querido primo, não tem tu, vai tu mesmo.
- Que isso primo? Somos da mesma família, somos felinos, eu tenho mulher e filhos para cuidar! Choramingou o Gato do Mato.
- Escuta aqui, além de não caçar nada, você ainda me atrapalhou; não posso chegar em casa de patas abanando e além do mais, você será somente a entrada, terei que ir a luta pelo prato principal e para te ser sincero, a dona patroa lá em casa é uma fera e exige que a mesa esteja sempre farta. Entre a sua pele e a minha, salvo a minha, sem sombra de dúvidas!

E assim, sem o mínimo remorso, o Leão abateu o Gato do Mato, na certeza que a família compreenderia que na selva, a lei do mais forte prevalece.