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sábado, 1 de dezembro de 2012

DIZENDO TUDO SEM FALAR NADA

Todos conhecem o personagem de histórias em quadrinho de Mauricio de Sousa, o Horácio; é um dinossauro, filhote de Tiranossauro Rex, o personagem estreou na tira diária do Piteco publicadas no jornal Diário de São Paulo e depois ganhou páginas dominicais publicadas na Folha de São Paulo. Ele é o único personagem cujas histórias são apenas escritas pelo próprio Mauricio.

Segundo ele mesmo, muitas das típicas divagações de Horácio são fruto de experiências pessoais do próprio Mauricio de Sousa.

Essa foi a forma como o conhecido pai da “Turma da Mônica” criou para colocar seus pensamentos profundos, algumas divagações que por vezes não teriam espaço nas histórias infanto-juvenis criadas até então.

No passado muitos autores se utilizaram de pseudômino para colocar no papel e divulgar amplamente suas idéias e anseios.

O que leva um escritor ou escritora a usarem pseudônimos envolve muitas vezes a pretensão de manter o nome literário para a posteridade, pois em cada um deles, escritores ou escritoras, correm várias veias literárias.

Por exemplo, um escritor sisudo pode gostar de escrever umas sacanagens de vez em quando e não fica bem usar seu nome literário para descrever como é o Bububu no Bobobó. Outros e outras podem estar numa pindaíba de fazer gosto e resolvem aviltar, isso em suas cabeças, supostos pendores literários e utilizam nomes fictícios para defender uns caraminguás a mais ao escrever folhetins de qualidade duvidosa ou assinar colunas em jornais que ao serem amassados pingam gotas de sangue ou se balançados caem pedaços de corpos.

Em português é pseudônimo (nome falso), palavra derivada do grego. Na língua de Molière, por sinal um pseudônimo, é nom de plume ou nom de guerre. Não pega bem, pois nome de guerra se aplica a outras atividades as quais canetas e teclados não são necessárias.

Há casos de mulheres assumirem pseudônimos masculinos e também de homens assumirem pseudônimos femininos, o que torna a coisa mais misteriosa ainda.

Na música também é muito comum. Citarei apenas o Julinho (você não gosta de mim, mas sua filha gosta) da Adelaide, que no cartório recebeu o nome Francisco Buarque de Hollanda.

A Constituição Brasileira garante a livre manifestação do pensamento, mas veda expressamente o anonimato (art.5º, IV) que, em princípio, poderá ser interpretado como má-fé do autor. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome (art.19 do Código Civil).

Toda essa ladainha é para dizer aos leitores que Horátio Ornellas é sim um pseudômino adotado para os textos que escrevo, os quais considero filosóficos, e que remetem as pessoas a pensar em vários assuntos e por vezes se identificarem em uma ou outra situação.

Seria o que pode se definir como dizer tudo sem falar nada; sem ofensas, sem polêmicas, simplesmente leia e faça você mesmo uma análise das situações do momento. Onde esse texto se aplica? A quem? Essas são perguntas que podem ser feitas por cada leitor e devem ser respondidas pelos mesmos.

A reflexão, o exercício da mente são excelentes e ainda ajudam a prevenir o Alzeimer. O nome Horátio é baseado no personagem de Maurício de Sousa Horácio; além desse nome ser uma versão americana de seu homônimo, em latim significa ‘oração’, ou seja, sua escolha foi muito bem planejada.

Aos leitores dessa coluna, resta somente os meus mais sinceros agradecimentos e espero que gostem dos textos e informo a todos (principalmente aos incomodados de plantão), que continuarei com minhas divagações, pois veste a carapuça quem quer e a quem serve, no mais, um forte abraço a todos e até a próxima semana.





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